sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O Frederico é lindooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Oláááááááááááaaaaaaaaaaaaaaaaaa:

Finalmente tenho cinco minutinhos, se o Frederico não acordar, para actualizar o blog.
Já somos papis e estamos muitissimo felizes com o nosso filhote lindo. É uma experiência única, maravilhosa e indiscritível. As noites são muito mais curtas, os dias estão muito mais preenchidos mas a nossa vida sem estas diferenças já não faria sentido.
É tudo tão...hummmmm...nem sei...fantástico... de um dia para o outro perdemos uma barriga e ganhamos um bebé, um ser que depende de nós, que chora, que dorme, que come, que sente, que... nos deixa a babar...lol.
No dia 15 de Setembro, dia em que a obstetra que me acompanhou na maternidade dizia que eu fazia 40 semanas, comecei a ter contrações fortes. A primeira, às 04.17h da madrugada, foi tão forte que pedi ajuda ao meu marido. A partir daqui as contrações foram-se sucedendo. Apesar disso aguentei sem um "ai". Com a ajuda do meu maravilhosos marido a quem trato por Bebé, fui arrumar umas coisitas, tomar um bom duche, fazer o microlax e... ála que se faz tarde... Felizmente consegui fazer o que sempre desejei - tomar duche e fazer o microlax (espécie de clister) em casa.
As contrações iam sendo cada vez mais fortes e mais próximas. Cerca das 05.55h saimos de casa rumo à maternidade que fica a sensivelmente meia hora de nossa casa. Da viagem pouco me lembro... não sei porquê!...
Às 06.26h chegámos à maternidade. Dirigimo-nos as urgências onde nos mandaram aguardar um bocadito pela médica. Não estava ninguém à espera. Passados cerca de 10 minutos chamaram-me. Mediram-me a tensão, viram-me a temperatura e a médica fez-me a observação. Perguntou-me quem era a minha médica e disse-me que ela se encontrava de serviço. Após a observação informou-me que estava apenas com 1,5 cm de dilatação e que ainda tinha muuuuuiiiitas horas pela frente até o Frederico nascer. Ligou à minha médica e esta decidiu que eu ficaria internada. Perguntei se podia ir avisar o meu marido e à resposta afirmativa saí das urgencias e fui avisá-lo. Ele não poderia ficar comigo uma vez que eu iria para um quarto de internamento até ter cerca de 4cm de dilatação. Só nesta altura me passariam para a sala de partos onde ele poderia estar comigo.
Avisei-o, ficou um pouco surpreendido. Não tive tempo para quase nada porque já me estavam a chamar para subir para o quarto. Liguei à minha mãe, despedi-me do meu Bebé grande e lá fui... Meu Deus...
Uma senhora, cuja cara não fixei, acompanhou-me e deixou-me num quarto, sozinha. Não sei porque não fixei nada...nem localização do quarto, nem número do quarto...nada...
Só me lembro de ter perguntado se depois do parto voltava para ali e disseram-me que não.
Pronto...aqui sim...aqui começou...as contrações eram insuportáveis!!!Insuportáveis!!! Ligaram-me ao CTG para controlo das contrações e do coração do Frederico e deixaram-me ali, deitada. As dores eram tão fortes que não sabia se havia de estar sentada, em pé ou deitada (enquanto estava a fazer o CTG só podia estar mesmo deitada). No início optei por ficar deitada mas com o evoluir da situação pareceu-me que suportava melhor as dores sentada. Assim fiquei, com as horas a passar e as dores...nem vos digo nem vos conto!! Cheguei a pensar: "Mais filhos?? Nunca. Só se for por cesariana." Mal eu sabia... É duro, é dificil, mas compensa. Juro!!! Creio que cerca das 11.00h, não sei precisar, chamei uma enfermeira porque já não aguentava mais...perguntou-me se aguentava as dores ou se precisava de algum comprimido para as reduzir. Respondi que precisava sem duvida de um comprimido. Não sei se o cheguei a tomar. Acho que não. Passado pouco tempo chamaram-me para ser observada. Lembro-me da cara da médica que me viu. Já estava com mais de 3cm de dilatação e respirei de alivio quando me disseram que ia para a sala de partos. Não só por supostamente se estar a aproximar a hora e de poder levar a epidural (aos 4cm de dilatação), mas acima de tudo por ser mais fácil suportar a dor com o meu maridinho por perto. Fui numa cadeira de rodas e duas auxiliares ajudaram-me a levar as malas, depois de uma delas ter preparado a primeira roupa do Frederico.
Fui para a sala de partos por volta das 11.30h, talvez. Arrumaram as minhas malas e começaram a ligar-me: soro, CTG, e outros... O meu marido subiu poucos minutos depois de eu ter chegado à sala. As contrações continuavam muito fortes mas a presença dele sem duvida que ajudou. Muitoooo. O pessoal a entrar e a sair da sala era muito. Depois de me pedirem (uma médica) para de 1 a 10 quantificar a minha dor - respondi 8, naquele momento - começaram a preparar a administração da epidural e avisaram-me que quando me estivessem a dar esta analgesia não me poderia mexer nem um bocadinho. Se tivesse alguma contração deveria avisá-las para que pudessem parar. Cerca das 12.30h tentaram (uma médica e uma estagiária) dar-me a primeira epidural. Não correu bem. Não fez efeito porque não foi colocada no sitio correcto. Apenas a perna direita ficou ligeiramente dormente. De resto sentia tudo. Às 13.00h a médica deu-me a segunda epidural. Desta vez correu bem. Também não é uma fase agradável. A posição e as contrações pelo meio não ajudam nada. Depois de fazer efeito a sensação é agradável, lol. A médica passava-me com um algodão embebido em álcool e na zona analgesiada eu sentia que ela estava a passar qq coisa mas não sentia se era fria ou quente, enquanto numa zona não analgesiada sentia o algodão gelado. A partir daqui ainda tive algumas dores, mas... que maravilha. Se fosse sempre assim tinha já outro filhote, a menina, lol.
Foram-me fazendo observações para verem a dilatação. Às 14.00h rebentaram-me o saco das águas. Como não me disseram o que iam fazer pensava que me estavam a fazer um clister (estava sem sensibilidade, lol) e estive mesmo para dizer que já tinha feito em casa. Não o disse porque entretanto começaram a comentar a quantidade brutal de água que eu tinha. Realmente tinha tanta, tanta, tanta água. Pôxa!!! Sentia-a quente, a sair em jorros. Estava tudo estupefacto com tal quantidade.
Passado um bocado o aparelho que controlava o coração do Frederico começou a mostrar que havia oscilações no batimento cardiaco. Comecei a ficar preocupada e não conseguia tirar os olhos deste aparelho. Foram entrando médicos e enfermeiras e a minha preocupação foi aumentando. Uma enfermeira, julgo eu, disse que ele estava com picos baixos mas que se estava a aguentar...Diziam que o Frederico estava muito subido e que se não descesse tinhamos de ir para cesariana. Falaram em dar-me oxitocina, mas nem sei se me chegaram a dar. O aparelho continuava a dar quebras no batimento cardiaco. Esteve junto de mim um médico que deveria (pensei eu na altura) estar ligado à parte das cesarianas. A partir de um determinado ponto tudo se sucedeu muito rapidamente. Da última observação que me fizeram concluiram que a dilatação já estava feita, mas às 15.00h, mais coisa menos coisa, decidiram mandar-me para cesariana porque "o Bebé não estava a gostar das contrações". Quando me disseram que ia para cesariana desatei a chorar. Não estava nada à espera. Apesar de tudo estava a correr bem e o pior já tinha passado. Gostava de ter ido até ao fim...enfim...Lá fui eu chorosa para a sala de cirurgia com o meu Bebé grande a acompanhar-me pelos corredores até a entrada da sala onde me deu um beijo. Disseram-me, ainda na sala de partos, que daí a meia hora já teria o meu filho cá fora...
Na sala prepararam-me, passaram-me para uma maca muito estreita que tinha uns suportes para os braços. Amarraram-me os braços e as pernas (que estavam em V). A preparação deve ter demorado cerca de 10/15 minutos. O ambiente entre médicos, enfermeiros e outros (supondo que havia outras formações) era de plena descontração. eu estava...nem sei...expectante... Alguns iam-me perguntando se estava bem.
Cerca das 15.20h, penso eu, começaram a cirurgia. Senti tudo. Não com pormenores, claro, mas senti a cortarem a barriga, a afastarem a pele a remexerem, a afastarem os tecidos internos... Tudo sem dor. Tentei manter-me descontraida. Tinha frio, tremia...Houve uma altura que comecei a pensar no que me estavam a fazer e fiquei mal disposta, mas passou depois de me abstrair novamente. Comecei a ficar preocupada porque os (um médico e uma médica) sentia mexer e remexer e não ouvia o meu Frederico. Não estava a perceber mas também nada questionei. Sabiam o que estavam a fazer. Passados uns minutos, depois de os sentir a fazer bastante força nos tecidos, comecei a ouvir o choro do Frederico... (eram 15.37h) não sei bem o que senti... Não sei o que me disseram. Recordo apenas que me avisaram que o iam levar para vestir e ver se estava tudo bem. Perguntei se o iam mostrar logo ao pai e disseram-me que não. Que o iam vestir e que mo mostravam primeiro. Depois de o levarem desatei a chorar. Um misto de emoções. Indescritível...Só lhe queria pegar...
Ouvia, lá dentro na sala onde o vestiam, dizer "ele é lindo, é muito grande", "está tudo bem com ele, não se preocupe", "pesa 4,480kg". Quanto mais falavam mais eu chorava. Na "mesa de trabalho" continuavam a cirurgia. Suponho que tiravam a placenta... Passados nem cinco minutos uma senhora veio mostrar-me o nosso principe. Vestido com a primeira roupinha, vermelhusco, com o cabelo cheio de vernix caseosa. Vi-o de cabeça para baixo. Lindooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo.
Levaram-no e foram mostrá-lo ao papá e aos avós.
Entretanto eu continuei na maquinha pequenina. Agora sentia que me estavam a coser. Disseram-me que estava quase...
Cerca das 16.00h saí da sala de cirurgia e deixaram-me num corredor a aguardar que uma auxiliar me viesse buscar. Continuava cheia de frio, a tremer. À minha frente estava uma porta que se abriu passados uns segundos. Vi o meu Bebé grande e os meus pais com semblantes preocupados mas felizes.
Quando chegou a auxiliar lá fui para o quarto. Cirurgia, segundo piso, cama 214, Maternidade Daniel de Matos, em Coimbra. O meu marido levava o Frederico ao colo. Pouco depois de chegar ao quarto puseram-me o Frederico ao colo... Meu Deus!!! Obrigada!!! Dei-lhe de mamar e creio que o puseram a dormir no bercinho ao meu lado.
Nesta altura as dores...já não eram nada...fantástico...
Estive na maternidade até ao dia 19.09.2007, dia em que tive alta. Saímos cerca das 14.30h porque o Frederico só chorava e nós tentavamos acalmá-lo, mas nada... Descobrimos ao fim de um tempo que estava cheinho de calor.

Para terminar gostava de dizer apenas que vale a pena. É lindooooooooooooooooooooooo. Tudo compensa!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não há palavras. Aliás não há vida...sem o Frederico, AMOR DA NOSSA VIDA!!!
Felicidades para todas e para todos. Espero continuar a escrever apesar da limitação de tempo. Até sempre.
Ahhhh!!!! Mais uma boa notícia. Na gravidez engordei 13kg. No dia 22.09.2007 já tinha menos 10kg. O que quer dizer que eu só tinha engordado 3kg. O restante peso estava distribuido pelo Frederico, pela placenta e pelo liquido amniótico que era muitissimo. Ontem, dia 29.09.2007, já tinha menos 15 Kg. Perdi 5kg desde o dia 22.09.2007!!!Excelenteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!Yupiiiiiiiiiii!!!
Beijos meus, do Frederico e do meu Bebé grandeeeeeeeeeeeeeeeee

3 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns, linda!!! =)

Fico à espera dos próximos capitulos...

(já agora, em q maternidade tiveste o teu bebécas?)

Pipas
[www.minhoquices-minhas.blogspot.com]

Monografia_Pai disse...

Olá!

Muitos parabéns pelo vosso bebé:)

Ainda não sou pai, mas espero que não falte muito! Depois de ver estes blogs ainda aumento mais essa vontade…

O meu nome é Gonçalo Coelho, sou aluno finalista do curso de Psicologia no ISPA, em Lisboa. Venho desta forma pedir a vossa colaboração no trabalho de final de curso que estou a realizar, cujo tema é “O pai na Gravidez e no Puerpério”. A supervisão do trabalho está a cargo do Mestre Luís Sousa Ribeiro. Este tema aborda a experiência que o homem vive durante a gravidez e os primeiros meses de vida do(a) filho(a). Deste modo, o meu trabalho dirige-se a pais (apenas homens) que tenham um filho com poucos meses de idade, o que a julgar pela informação no bolg corresponde à sua situação . A sua participação envolve apenas o preenchimento de dois questionários, os quais poderei enviar por mail. Os questionários são simples, de resposta directa e preenchem-se em cerca de 10/15 min.. Basta-lhe preenchê-los e reenviá-los para mim já preenchidos.
Se o pai está disposto a participar, envie o seu “Sim” para monografia_pai@hotmail.com. Uma vez recebida a sua confirmação, procederei ao envio dos dois questionários.

Nota: Todos sabemos da importância e do valor da mãe junto dos filhos, mas o que o pai vive e sente durante a gravidez e os primeiros meses de vida do filho continua por responder na íntegra. Muitas vezes assistimos ao esquecimento do pai. Como tal, este é um tema pouco estudado na Psicologia, pelo que a sua participação será de enorme valor!

Certo da sua colaboração, desde já lhe endereço os meus sinceros agradecimentos!
Gonçalo Coelho

Moranguinha disse...

Parabens!!!! Que bom!
Compreendo que agora o tempo seja curto (o Rafa tambem não me dá descanso) mas é tão bom não é?
Beijinhos e muitas felicidades!!